quarta-feira, 12 de junho de 2013


Falta de Qualificação



Sabe aquele ditado popular "levou gato por lebre"? Pois bem, no mundo corporativo acontece algo bem semelhante, principalmente no que diz respeito às contratações de funcionários.
Durante o processo seletivo, os recrutadores buscam ao máximo encontrar, em meio a tantos candidatos, o profissional ideal para a vaga oferecida. E para corresponder ao perfil procurado, muitos candidatos acabam distorcendo ou exagerando suas qualificações.
Normalmente, essas "fraudes" são descobertas ainda na etapa das entrevistas e dinâmicas. "É possível ele mentir ou omitir alguma coisa sim, mas uma hora ou outra ele pode ser pego. O pior é quando ele é desmascarado já atuando dentro da empresa", explica Bianca Maria do Valle, especialista em Recursos Humanos da Trendset Consultoria.
Para o profissional que conseguiu levar adiante a mentira e acabou sendo contratado, a consultora alerta que os gestores de RH fazem um treinamento e acompanhamento do funcionário nos primeiros meses, ou seja, ele continuará sendo avaliado e seu desempenho será acompanhado e comparado ao diagnóstico feito sobre seu perfil no processo seletivo. "Desta forma, são identificadas as reais qualificações do novo funcionário", acrescenta Bianca.
Segundo a Analista de Recursos Humanos da Catho Online, Adriana Souza é por isso que existe o período experimental, no qual o profissional terá 90 dias de contrato para conhecer a cultura da empresa, reconhecer suas responsabilidades e se adequar ao novo desafio, bem como a empresa também investigará se este profissional atende as exigências e expectativas do cargo.
E quando essas qualificações não condizem com o esperado, a analista é categórica em afirmar que o profissional pode sim perder o emprego. "O funcionário pode ser demitido por ter mentido sobre suas qualificações, até porque ele não conseguirá realizar suas atividades por conta da falta ou pouco preparo para realizá-las", conclui.
As conseqüências de uma demissão nessas circunstâncias podem comprometer as chances de um futuro emprego, já que a maioria das empresas faz um levantamento de referências profissionais e o novo contratante terá conhecimento de que houve algo de errado com este profissional na empresa anterior.
"No mundo corporativo, a autenticidade e a ética são competências essenciais para qualquer função a ser desempenhada. Sem elas, o profissional poderá ficar com sua imagem ‘arranhada’ perante o mercado e comprometer sua credibilidade", ressalta a analista da Catho Online.
Para evitar situações extremas como a demissão por falta de qualificação, que não é vantajosa nem para a empresa e muito menos para o profissional, Adriana Souza sugere que o processo seletivo seja planejado de maneira a atender as necessidades da vaga, assim, a entrevista é uma das ferramentas que deve ser utilizada em conjunto com outra ou outras, como por exemplo: prova de avaliação técnica, testes, dinâmica, referências profissionais, entre outros mecanismos.
O melhor mesmo é ser sincero e sempre buscar um aprimoramento profissional, por meio de cursos de qualificação e especialização, oficinas, workshops, entre outras opções. O candidato deve estar preparado para as exigências da vaga, pois de uma forma ou de outra ele será cobrado de acordo com o que "vendeu" sobre si mesmo.

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